Sobre bruxaria urbana (e periférica)

quarta-feira, março 31, 2021

Quem aí é um(a) bruxo(a) que vive em meio ao caos? Este post é para você, que mora em kitnet, faz faculdade ou curso, trabalha das 7h às 17h, pega ônibus ou metrô lotado em horário de pico. 




Plantas? Só algumas nos potes, em cima do parapeito da janela. Natureza? Só nos finais de semana, durante a caminhada ao parque.

Mar? Uma vez por mês e olhe lá, ainda quando vai é bate e volta! Rio? Só se for o Tietê (porque moro em São Paulo né?). Fica difícil se encontrar de verdade com a natureza pura sendo uma bruxa da cidade, não é mesmo?

Quem nunca viu aquele feitiço que a gente pensa, poxa, mas como eu vou fazer isso? 

Não tenho natureza perto de mim, moro próximo da zona periférica de São Paulo e, quem conhece a zona sabe que você acha 1 árvore a cada 1km andado. 

E onde eu quero chegar com este post? Eu quero falar sobre como a bruxaria moderna precisa ser mais simples e natural, para que assim todos possam praticar sem receios.

Veja bem, não estou condenando quem costuma fazer seus feitiços próximos à natureza de uma forma mais tradicional e cerimonial. 

Aliás, se você pode fazer isso, que sorte a sua! 

Poder estar próxima(o) sem fazer tanto esforço e poder cultuar e admirar, sentir o cheiro da terra e ver as cores do campo de perto, não é para qualquer um hoje em dia. É um sonho meu.

Mas é necessário analisar de forma carinhosa a situação e perceber que muitas vezes, para quem vive em meio ao caos de uma cidade grande, acender uma vela e um incenso é o máximo que essa pessoa vai conseguir fazer durante o seu dia, ainda com muito esforço.

Muitas vezes eu vejo bruxas criticando iniciantes ou bruxas mais práticas falando algo como: "ah, bruxaria não é só acender uma vela". 

Sim, você está certa(o). acender uma vela é apenas uma ação. Você pode acender 1000 velas. Se não houver uma intenção por trás, só serão 1000 velas acesas. 

Mas o mais importante aqui não é o material e sim o espiritual. Pode ser 1 vela branca daquelas que a gente usa quando acaba a luz, mas se você colocar uma profunda intenção naquela vela, ela terá poder, e não será pouco.

Magia não é apenas velas, incensos, athames ou materiais caros. É intenção, concentração e visualização. Não faz sentido a gente criticar o consumismo, materialismo e criticar o amiguinho que usa aquilo que pode comprar no momento.

É não apenas incoerente como antipático a gente achar que para se fazer uma boa magia é necessário tantos recursos. 

Isso só mostra o quanto a sociedade esotérica precisa mudar seus conceitos e padrões elitistas com relação as práticas mágicas. 

Achar que só "os mais evoluídos podem" pffff gente somos todos humanos, vivendo no mesmo planeta. Saber magia não te faz melhor do que ninguém. 

Se você pensa assim, bom, parece que você não evoluiu muito espiritualmente, né?

Por isso, pessoal da periferia, bruxos e bruxas da cidade grande e caótica que se sentem menos bruxos por não ter contato com a natureza: não se sinta mal, busque sua evolução espiritual usando os materiais que estão ao seu alcance.

É isso que importa!

A intenção sempre será maior que os materiais físicos que temos em nossas mãos. E não deixem te apontar o dedo ao fazer magia do seu jeito mais prático. 

Magia prática não é a mesma coisa que magia mal feita.

É possível fazer uma boa magia simples e eficaz. Se tá funcionando é o que interessa, dane-se a opinião alheia.

É isso, beijo!

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📝 Postado por Gabi

Sou a fundadora deste cantinho especial chamado Grymora, desde 2020. Taróloga e bruxa natural apaixonada pelo mundo da escrita desde 2008.



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